Salve Maria! Sede da Sabedoria!
De novo, acontece mais uma edição de carnaval: ano 2013. Evento de intenso torpor em toda nação. Em que a glutonaria e a exacerbação dos sentidos protagonizam o que se tem de pior nas pessoas, rebaixando-as ao nível de animais irracionais. As considerações adiante são uma tentativa de compaixão a beleza que é vilipendiada nesses dias de tanta inconsequência.
No celebre sermão da montanha é-nos dito os puros verão a Deus. Sob essa premissa, temos o requisito de admirar-se com o dom da beleza. O que é a beleza? É o resplendor da forma no objeto. Em palavras simples: é o sol cumprindo a função de iluminar e aquecer. O homem cumprindo sua função de se assemelhar ao Filho de Deus humanado.
Bem, o que acontece nessa louca festa de grotesca deformação: os instintos são estimulados ao grau das bestas quadradas. Cantos lascivos, danças eróticas, os apetites sexuais mais indigitáveis são cogitados e, terror!, postos em prática. A juventude sendo bombardeada com imundícies; num frenesi de vícios em ritmos infernais.
O Brasil foi alcunhado o país do carnaval. E é, qualquer barbaridade moral vinga nessas bandas. Toca-se nas ruas um treco chamado funk; as letras são imorais: incita ao sexo e a dança simula coisas absurdas com o corpo. O som às alturas, sem que se haja vergonha alguma. Lastimável! O obscurecimento da vocação humana; é o horror da forma no objeto.
Jesus Cristo é pois massacrado nesses dias, sabe-se que todo pecado O crucifica mais uma vez, é como desprezar sua bondade, repudiar a boa notícia de que devemos ser belos, e quando afrontamos essa mensagem pecamos – todos nós miseravelmente caímos em pecado – em vendo-nos tristes e contritos, o Senhor nos acolhe: “és o meu Filho, eu te formei, jamais abandono a obra de minhas mãos”. E veste-nos de novo como filhos e filhas em uma festa maravilhosa.
Rezemos pelos carnavalescos. A exemplo do Nosso Rei e Senhor extraiamos algum pretexto para perdoar os atos malévolos desse evento: alegando que eles não sabem o que estão a fazer. Quando tudo tiver escuro, o mau reivindicar triunfo final, então espere-se num entreabrir de olhos a suma-beleza fazer submergir essa feúra tétrica. Por que o mau foi ridicularizado na cruz, essa a nossa inarredável esperança.
Enfim, que para muitas almas expostas a depravação do carnaval, o preciosíssimo sangue não tenha sido em vão, e a divina ira não se abata ainda sobre esse mundo caduco.
Sacratíssimos Corações de Jesus e Maria, tende piedade de nós.
Fabricio Bastos, J.M.J.